Frase indígena no Brasão
Gravura apresenta indios Guaicurus no cavalo que se tornaria pantaneiro durante a guerra
Traços indígenas são vistos até hoje na cultura local. O linguajar pantaneiro, praticamente um dialeto, bem como costumes usados ainda hoje, como cantar em forma de roda durante o cururu, o que lembra uma celebração indígena, são heranças definitivamente das tradições de nossos irmãos índios que se misturaram ao comportamento afro-brasileiro aliado a traços portugueses e espanhóis.
Os Guató, considerados o povo do Pantanal por excelência, ocupavam praticamente toda a região, podiam ser encontrados nas ilhas e ao longo das margens do rio Paraguai, desde as proximidades de Cáceres até a região do Caracará, passando pelas lagoas Gaíba e Uberaba e, na direção leste, às margens do rio São Lourenço.
Os Kadiwéu são considerados os últimos remanescentes da grande nação Guaicuru que teve domínio em todo leste do Pantanal, desde o norte do Paraguai até as proximidades de Cuiabá. De origem Mbáya esses índios de grande estatura e agilidade física mantinham uma organização política tribal mais complexa dos que as outras nações da região.
Em 1672 os Guaicuru apropriaram-se da primeira tropa de cavalos, trazidos por colonizadores espanhóis(aos quais se tornaram com o tempo os cavalos pantaneiros de hoje). A partir daí, seu domínio geográfico teve uma significativa expansão. Após um trato feito com a coroa brasileira no início do século XIX, os Gauicuru passaram a condição de súditos brasileiros lutando em defesa de seu território, ao lado dos brasileiros na guerra do Paraguai.
Definição das palavras:
- Cuore: Já Agora
- Cupendipe: Índios com asas
- Teçá: Olhar do homem
- Cuera: de antigo, de passado
- Xaraés – "donos do rio"
- Mandaçaia: o que se espalha envolvendo
- Irani: rio de mel