Personagens Históricos

Personagens Históricos de Poconé

            Uma cidade secular, Poconé foi descoberta por Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, em 1777, que estava a procura de ouro. Seu primeiro nome foi Beripoconé, nome proveniente de uma tribo indígena que habitava a região.

                Em 21 de janeiro de 1781, sob ordens do próprio Luíz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, Antonio José Pinto de Figueiredo criou a Ata de fundação do Arraial de São Pedro d’El Rey. O nome Arraial de Beripoconé não foi usado pelo gentílico ser considerado bárbaro, derivando do gentio "habitou nesta paragem".

                Em 25 de outubro de 1831, o Decreto Geral do governo regencial criou o município, junto com seus limites políticos atuais, de Villa de Poconé, voltando o nome antigo, pouco modificado. Em 1 de julho de 1863, Poconé recebeu o estatuto de cidade via Lei Provincial.

            Poconé que fez do homem pantaneiro desbravador dos rincões alagados desse imenso pantanal, vezes sobre o lombo do cavalo outras em carros de boi teve participação em fatos importantes em vários momentos do desenrolar da história brasileira. Em uma delas envolvendo o oficial Tenente Antonio João Ribeiro e em outra a trágica história de Doninha do Tanque Novo – Laurinda Lacerda de Cintra.

                - Laurinda de Lacerda Cintrapoconeana, ficou conhecida como Doninha do Tanque Novo, frente as suas experiências em visões, milagres e curas com plantas medicinais. Os causos contados de geração a geração sobre a formação e conseqüente destruição do Arraial do Tanque Novo em Poconé se tornou a história mais discutida no estado e fora dele, misturando crendices e política em Poconé.

                O posicionamento dos líderes políticos da história de Poconé, do Mato Grosso e do Brasil, entre 1930 e 1934 ocorreu em Tanque Novo refletindo as decisões de Getulio Vargas.

            - Vigilato Canudo da Silva, nascido por volta de 1860 talvez na região de Mimoso, pantaneiro, não se tem informações de quando veio para Poconé se estabelecendo na região do pixaim, benzedor e conhecedor de plantas medicinais, ficou conhecido na região. Faleceu em 1947, na comunidade do pixaim.

            - Frei Carlos Vallet, viveu mais recentemente, na primeira metade do século passado dedicou-se a evangelização, aos pobres a saúde humana através da homeopatia, chegou a Poconé 1926,onde viveu 39 anos permanecendo na memória do povo como o ‘Santo do Pantanal” .

            - Luís de Albuquerque de Melo e Cáceres: Fundador do município

            - João Epiphaneo da Costa Marques: Fundador da igrejinha de São Benedito

            - Antônio João Ribeiro nasceu em Poconé, dia 24 de novembro de 1823, falecendo em 29 de dezembro de 1864. Filho de Manoel Ribeiro de Brito e Rita de Campos Maciel, ingressou no Exército como soldado voluntário em 1841. Promovido a cabo e sargento, atingiu o oficialato em 1860 e foi nomeado comandante da Colônia militar de Dourados, na então Província do Mato Grosso.

            Em dezembro de 1864, como tenente da arma de Cavalaria, à frente de um pequeno efetivo de 15 homens, liderou a defesa da colônia diante do invasor paraguaio, em número muitas vezes maior, sob o comando do major Martín Urbieta. Ao tomar conhecimento da aproximação do inimigo, mandou evacuar os civis e resistiu até sucumbir em combate, derrotado pela fuzilaria paraguaia. Antes de morrer, enviou ao seu comandante a seguinte mensagem, que se tornou célebre: “Sei que morro, mas meu sangue e o dos meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão do solo de minha Pátria”.

                Em sua homenagem, foi erguida uma estátua comemorativa desse ato heróico (parte do monumento aos heróis de Laguna e Dourados) na Praia Vermelha (Rio de Janeiro). Como reconhecimento à sua bravura em combate, o tenente Antônio João Ribeiro foi nomeando patrono do Quadro Auxiliar de Oficiais do Exército Brasileiro.