Tenente Antonio João Ribeiro
Poconeano Antonio João Ribeiro
"Sei que morro, mas o meu sangue e o de meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão do solo de minha Pátria."
Com essa frase, o mais importante e mais corajoso poconeano entrou para história nacional e internacional fazendo com que sua terra natal, Poconé, também seja ovacionada como Mãe Gentil de um verdadeiro Herói.
Antônio João nasceu em 24 de novembro de 1823 na Vila de Poconé, na então Província do Mato Grosso. A vida do tenente Antônio João Ribeiro é um exemplo de crescimento pessoal e cumprimento do dever. Ingressou no Exército, como soldado voluntário, no ano de 1841. Forjou o caráter e consolidou o espírito militar nos remotos postos da fronteira oeste do Império, tendo passado pelas graduações de cabo, furriel e sargento antes de atingir o oficialato, sendo promovido a 1º Tenente de Cavalaria, em 02 de dezembro de 1860.
A promoção a 1º tenente o levou a ser designado comandante da Colônia Militar de Dourados. Nessa comissão, viria a escrever uma das mais comoventes páginas da nossa história militar, ao sacrificar a própria vida na defesa do solo pátrio, num dos primeiros episódios da Guerra da Tríplice Aliança.
Desempenhou missões de campo, diligências e batidas a índios bravios servindo em diversos destacamentos de fronteira. Somente quando comissionado como comandante da Colônia Militar de Dourados, em 28 de dezembro de 1864, ao receber a informação de que uma força estrangeira se aproximava para atacar o seu posto passou à história pela heróica resistência que impôs, à frente de 14 homens, a uma coluna de 200 paraguaios na defesa de sua posição. Coerente com o compromisso de honra do soldado, não hesitou em sacrificar a própria vida pela honra do Brasil.
Providenciou a evacuação da maioria dos civis que viviam na colônia e enviou, por meio de estafeta, mensagem ao comandante do Distrito Militar de Miranda Suas palavras, deixadas pouco antes de sua morte, ecoam até nossos dias como modelo de abnegação no serviço da Pátria: “Sei que morro, mas meu sangue e o sangue de meus companheiros servirão de protesto solene contra a invasão do solo de minha Pátria”.
Em Poconé Existe um Busto de Antonio João na Praça da Matriz bem como uma Escola Estadual homenageia o herói usufruindo de seu nome.
Antônio João rejeitou com altivez a intimação do invasor para render-se. Dispôs seus comandados nos postos de combate e aguardou o ataque. O ataque ocorreu no alvorecer do dia 29. Sob o peso da fuzilaria inimiga, o bravo tenente, dois soldados e dois civis tombaram mortalmente feridos. Os demais defensores recuaram para um bosque próximo, onde foram, por fim, capturados. Levados para território do país invasor, morreram todos antes do término da guerra.
O poconeano Antonio João Ribeiro, pelo muito que inspira e transmite de nobreza de sentimentos e valores morais, a sua lembrança serve de exemplo a todo cidadão.