Viver no pantanal

Pintura: Jonas Matos

    A ocupação humana do Pantanal aconteceu muito antes da chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil. No período anterior à formação das culturas indígenas é provável que tenha ocorrido por movimentos migratórios de regiões próximas, como o Planalto de Maracaju, do Chaco (Paraguai/Bolívia), sul-amazônico, do Cerrado e do Planalto Chiquitano. As populações pré-históricas ocuparam a planície pantaneira por meio dos rios principais: Paraguai, Guaporé, Jauru, Sepotuba, Apa, Miranda e Aquidauana, entre outros.

    Com rica diversidade cultural, que também permeia toda a população pantaneira e residente no planalto, a Bacia do Alto Paraguai apresenta uma miscigenação de povos, idiomas, cultura, arte e história.

    O processo de ocupação da Bacia do Alto Paraguai iniciou-se no século XVIII, com pequenas concentrações urbanas próximas aos Fortes e às fronteiras com as colônias para exploração do garimpo de ouro e extração da borracha. Estas atividades econômicas trouxeram um contingente populacional formado por nordestinos, bolivianos e paraguaios, que buscavam oportunidades na Vila de Cuiabá, no antigo Mato Grosso.

    Dentre as principais atividades econômicas desenvolvidas no Pantanal estão a pecuária, a pesca, o turismo e a mineração. O Pantanal tem cerca de 3,2 milhões de cabeças de gado que, há mais de dois séculos, ajudam a conservar a região, sendo criados de forma extensiva, com pastos nativos e, atualmente, melhorados geneticamente.

 

Texto Inspirado em registros de Allison Ishy e Yara Medeiros